CONVERSA DE PLANTÃO

Em flagrantes vivos e enxutos, o autor evoca episódios de sua vida profissiona, como plantonista de hospitais ou como médico do interior, além de recordar sua infância e sua juventude."As duas partes de C.P. formam como que um todo. É o menino campista que cresce na velha chácara da rua do Rosário e se torna adulto. (...) Quando o homem volta ao poço onde bebeu a primeira água, é porque esse é, para ele, de evocações e reminiscências que lhe são caras. Aí ele ressuscita seus mortos e com eles novamente convive. Que dizer da segunda parte? nela, as experiências se sucedem, revelando o lado profundamente humano do médico que, sem sentir, agia como Cristo, que 'não veio para ser servido, mas para servir'. Do atendimento à camponesa pobre da Fazenda Velha, na Usina de Santa Cruz, à homenagem prestada à mãe Raquel, parteira negra que ajudava o nascimento das crianças brancas, tudo é encantador. (...)." - Raphael Zambrotti