MOVIMENTOS SOCIAIS (ESCRITOS DE VITÓRIA #16)

Os dois primeiros volumes dos "Escritos de Vitória" foram de "Crônicas" sobre assuntos variados e de "Contos" em tempos de festejos natalinos. Em seguida, o conselho editorial desta publicação achou por bem mostrar a cidade tal que é, silhos e luzes.Falou-se então de suas escolas, de seus bares, de seus mercados e feiras, de suas paisagens, do seu porto, de suas igrejas...E, mais adiante, num passe de mágica, ela foi para o futuro - "Vitória do Futuro".Depois, porquê não falar um pouco dos que viveram deixando marcas inesquecíveis de sua passagem e que, de certa forma, representam a própria população da cidade?E veio: "Personalidades de Vitória".Agora, neste número, vamos saber de que maneira essas pessoas se organizam, como se agrupam, como se unem para alcançar seus objetivos, para reivindicar, para protestar. E aqui está: "Movimentos sociais".Os autores presentes neste 16º volume, em sua maioria, trouxeram valiosos depoimentos.Antônio Carlos Neves lembra, num conto, os movimentos estudantis nos tempos da ditadura. Já Rodrigo Pacheco, num texto bem humorado e honesto, fala da sua passagem pelo Sindicato dos Jornalistas. Belo e emocionante o depoimento de Dionary Sarmento Regis, "Diretas, já!"Neste número, também, o oportuno trabalho de João Gualberto sobre a formação de lideranças em Vitória. E se a cidade tem essa capacidade de criar lideranças, tem também garra para os enfrentamentos, segundo Roberta Govannotti:Algo se move nas periferias...Há enfrentamentosVitórias, derrotasMas, buscam, resgatam suas trajetóriasDe Fernando Achiamé, com todo o seu "latinorum", uma visão histórica dos movimentos sociais através de documentos não convencionais.E de Wanda Malheiros Alves um interessante trabalho sobre a formação dos sindicatos portuários de Vitória.Eneida Mendonça desenha em quatro parágrafos, o movimento de moradores de Jardim da Penha, que defendeu o gabarito de quatro pavimentos para o bairro.A luz que iluminou Ítalo Batan Régis para construir o Centro Comunitário em Ilha de Santa Maria, é a mesma luz presente em seu depoimento.Wanda Malheiros aporta no Portoe desvenda para nós, tudo o que sabe sobre os movimentos sindicais da orla da ilha.Vera Nascif, com muita propriedade, descreve como e porque foi organizada a Comissão de Justiça e Paz de Vitória e Stan Stein em relato dramático nos mostra como os estudantes da UFES evitaram a ocupação da Biblioteca Central.Os homens que se cuidem, pois Edna Calabrez Martins, ao falar de movimento feminista, anuncia, com base no que ouviu na IV Conferência Internacional da Mulher em Beijing, na China: "O século XXI pertence às mulheres..."Quem viver verá.