MAL SAGRADO

A nação urajan, existente há séculos, perpetua a religião politeísta como base de princípios para a vida de seus cidadãos. Quertis, um simples mortal criado por Monka na capital Cebantok, nunca pôde levar uma vida normal. Depois de um incidente que matou sua verdadeira mãe, uma cicatriz enorme marcou seu rosto para sempre, tornando-o motivo de escárnio e lhe dificultando encontrar um emprego. Essa série de desgraças na vida leva Quertis a se sentir abandonado pelos deuses e perseguido por Zifara, a deusa do mal. Em sua religião, Dusman, o deus do bem, é quem canaliza as generosas ações de outros dez deuses, enquanto Zifara é a única responsável pelas desventuras mundanas, isto é, a seca, a ganância, a infelicidade, o azar, etc. No momento em que Quertis mais precisa de um trabalho para ajudar sua mãe adotiva, evitando a repetição de um desastre, Zifara decide renunciar a seu cargo com o aval do misterioso deus criador, chocando seus colegas. Na busca de um substituto, o caminho de Zifara vai cruzar diretamente o do mortal Quertis, fazendo-o refletir sobre a natureza das coisas de um jeito muito diferente do que sua cética amiga Siaura faz. A mistura do plano mortal com o dos deuses provoca então mudanças drásticas no povo do continente Rajan-Rom e no entendimento dos limites do mundo, pondo em jogo o terceiro elemento da dualidade de bem e mal: o destino.