A MÚSICA COMO INSTRUMENTO DE ACESSO À JUSTIÇA.

Tema instigante, transdisciplinar, que desperta no leitor a um só instante a curiosidade a partir da bem articulada conjugação entre Direito e Arte e a instigação de um caminho que marca o fim no ético, resgatando, a partir do belo, o cuidado de si e do outro. Paralelamente, o texto descrito com a leveza característica do autor propulsiona o deleite na mensagem, arrefece a alma, tão turbulenta e extasiada do frenesi do mundo pós-moderno. Um tema suave que gera serenidade, bem ao sabor heideggeriano, ou seja, o labor do professor Pedro engendra os transcendentais que tecem a cultura humana e visa projetar à verdade, a beleza e o justo, tomando por atalho a música . Alessandro Zenni O autor transcendeu aos campos habituais da pesquisa jurídica fixando a música como ponto de partida. A arte comandada por Euterpe (uma das nove musas, a doadora de prazeres, representada por uma flauta) é o fio condutor de uma belíssima reflexão que aproxima o direito e a cultura, a normatividade e as humanidades. Pedro Faraco Neto distanciou-se dos falsos problemas da dogmática e retomou a metafísica para sustentar que a música se revela como um instrumento poderoso para viabilizar o acesso à justiça. É esse o núcleo da tese que fomenta esse livro delicioso de se ler . Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy