Sinopse
Em maio de 2020, a Covid-19 já havia chegado às aldeias de mais de setenta povos indígenas de diferentes partes do Brasil. Pela primeira vez em cinco séculos, nós, os invasores de seus territórios, experimentamos os mesmos sintomas, o desespero e a fragilidade diante de uma doença desconhecida. Invadidos e desprotegidos, os indígenas sofrem as consequências tanto do desmonte do sistema de saúde público, como do projeto de extermínio das culturas indígenas. As vítimas preferenciais, os mais velhos, são os guardiães da memória ancestral. Essas mortes equivalem a incêndios em nossas bibliotecas, com a diferença de que os livros não poderão ser repostos.