Sinopse
O autor abre o debate a temas relativos a seus estudos sobre o tempo e suas diferentes percepções. Pelbart inicia a discussão com um questionamento: como escapar da ideia de tempo linear, progressivo, unidirecional e encadeado? Segundo este, na antiguidade clássica valorizava-se o passado; na modernidade, o futuro, e na contemporaneidade, a tendência é abolir-se o tempo com flecha direcionada e substituí-lo por uma multiplicidade de flechas, sentidos e direções, como uma rede de fluxos intercruzados. Cada vez que um lenço amassado é retirado do bolso, dois pontos nele assinalados estarão a uma distância diferente um do outro: assim é, para Pelbart, a percepção do tempo nos dias de hoje.Sobre o tempo livre, tema caro à vida na contemporaneidade, Peter Pál nota que vivemos um forte esfumaçamento da divisão entre tempo de trabalho e tempo livre, e que todo o tempo que pertencia à esfera livre foi tomado pela esfera comunicacional, que é fortemente ligada ao consumo, ao mercado e ao trabalho. Portanto, defende que o tempo deve ser tratado como problema político.