Sinopse
Esta obra possui a marca da interdisciplinaridade. A larga experiência do autor com o Direito do Trabalho, aliado à sólida formação jurÃdica, garante aos acadêmicos, professores, pesquisadores e operadores do direito um raro estado da arte sobre um d os institutos mais polêmicos do direito sindical: o dissÃdio coletivo. Mas tão-só a perspectiva jurÃdica não basta, quando o propósito é falar sobre o sindicalismo brasileiro. Ã? necessário introduzir categorias teóricas e metodologias de outros ramos do conhecimento cientÃfico, como a Sociologia, a Filosofia e a Economia. Nesse sentido, o livro convida o leitor a lançar um olhar de estranhamento crÃtico sobre a crise do modelo sindical brasileiro, centrado na (possÃvel) influência que a reconfig uração do dissÃdio coletivo, advinda com a EC nº 45, teria provocado sobre a autonomia negocial coletiva dos sindicatos profissionais. Algumas das propostas do autor são, verdadeiramente, surpreendentes. Tomemos como exemplo: o deslocamento da tutela â??imediataâ? da ação de dissÃdio coletivo para o direito (constitucional) à negociação; o conflito como elemento estruturante da organização social; o rompimento com o corporativismo fascista, como um traço atávico do sindicalismo brasileiro; a relaçã o entre a taxa de crescimento do número de sindicatos e a crise de representação dessas entidades de classe; a influência do dissÃdio coletivo â??consensualâ? sobre o desempenho negocial dos sindicatos. Em todos os casos, dentre outros temas â??espinhoso sâ? tratados nesta obra, o autor aponta para a necessidade de uma releitura. A obra não poupa o leitor das delÃcias da dúvida sincera, sobretudo quando a usa como propelente para a reflexão cientÃfica sobre o que se apresenta a nós como óbvio. Portant o, o texto deve agradar um amplo espectro de leitores interessados em ciências humanas e sociais aplicadas e, em especial, os juristas, sobretudo os que se propõem a desconfiar dos dogmas e determinismos que amiúde o próprio Direito reproduz.