FILHOS DAS MINAS, AMERICANOS E PORTUGUESES: IDENTIDADES COLETIVAS NA CAPITANIA DAS MINAS GERAIS (1763-1792)

Durante o período de 1763-1792, o declínio do rendimento do quinto do ouro, associado a um contexto internacional no qual o modelo político do Antigo Regime já sofria contestação, contribuiu para que na capitania das Minas Gerais várias alternativas fossem aventadas para reverter este quadro. Nesses anos, um diálogo foi mantido entre as autoridades metropolitanas e os homens principais da terra que, revestidos de representatividade, participavam dos debates sobre os rumos administrativos e políticos da capitania. Nestes, pode-se observar o impacto das diretrizes metropolitanas sobre as identidades coletivas, que traduziam a adesão destas elites , a comunidades de várias abrangência: a da capitania, a da América portuguesa e, afinal, a da monarquia bragantina.