Sinopse
Na introdução de Mitos da Religião, Oliveira Martins ressalta: “Para escrever este livro, queria dispor de uma pena que fosse como a vara das fadas, queria poder molhá-la numa tinta semelhante aos filtros dos magos ou à soma da imortalidade dos deuses védicos. Era mister que o leitor, acordado, julgasse-se sonhando, porque este é o sonho ou a visão do espírito humano. O estilo devia corresponder ao assunto e à ideia; e a pena correr de leve, como uma sombra, como uma nuvem, como um deus, como uma alma etérea e vaga, desde a penumbra do crepúsculo primitivo em que cintilam animadas as estrelas, em que reina a lua, pálida e misteriosa, em que o ar está povoado de espíritos, e o cérebro do homem, recheado de terrores”.