Sinopse
“Rol dos Insensatos”, de Odegar Junior Petry, reúne a produção de poesia do autor nos últimos 20 anos. Segundo Luís Antônio Giron, a poética de Odegar Junior Petry repousa na já tradição da pós-modernidade – que tudo liquidifica, tritura e recicla, num processo de plagiotropia infinita. O compromisso de Petry é menos com o experimentalismo cerebral que com a inclusão no mundo, especialmente no mundo da cultura – noosfera, blogosfera, livro, música etc. Seu livro mostra monólogos e diálogos travados nos lençóis freáticos do mundo do espetáculo. O poeta - baluarte do inconformismo – com longa carreira na cena alternativa gaúcha – trança armas na guerra cultural que agora se processa: de um lado da trincheira, a poesia midiática, voltada para o mercado, tributária da linguagem formal e pronta para assumir seu papel no mercado e nas instituições; do outro lado, a poesia de resistência, que proclama a poesia como último bastião contra a completa uniformização da cultura pop. Na guerra de trincheiras e movimentos de poetas integrados versus poetas transgressivos, Petry pertence ao rol dos “insensatos”, daqueles que lutam pelo poder iluminador do poema.