Sinopse
"Navegando ao léu ouvi [ ] límpido o canto sibilino da sereia vislumbrei no desmedido meu destino e enveredei então pelas brumas como se entranhasse pelos céus encantado, já não era eu, mas deus entreguei-me à cegueira de todos os sentidos apaixo nado extasiado entesado pela umidade brilhante das escamas pelos olhos azuis por onde se mergulhava no oceano pelos volteios voluptuosos e serpenteantes do seu corpo pela gosma marinha que me siderava pelas mãos boca narinas ávido busquei com a lábia língua uma ostra nela e inteiramente humano não achei sua vagina estanquei no descaminho diante do interdito para o abismo sonhado e frustrado com o irredutível mas ávido de amor comi a sereia e a roí inteira até as brânquias e brânqueos ossos que m e restaram às mãos fosforescentes para iluminar a noite de meu caminho de retorno até aqui."