Sinopse
Ciente de que o passado recebe seu sentido a partir da perspectiva de um pensamento presente em ato, o ensaio de Guilherme Messas sobre a estrutura vivida põe a funcionar, em si e em seus leitores, uma orquestra de múltiplas tradições. Além das explícitas referências feitas a Jaspers, Minkowski, Binswanger e outros nomes diretamente ligados à psicopatologia fenômeno-estrutural, o autor ainda menciona, de modo tão hábil quanto parcimonioso, uma pequena plêiade de interlocutores filosóficos, cujos nomes por vezes transparecem discretamente em adjetivos ou advérbios ¿ como Kant e Hegel ¿ e, por outras, são abertamente mencionados, como Nietzsche, Husserl e Heidegger. Todavia, não será essa linhagem predominantemente germânica a que tomarei por fio condutor ao tecer algumas breves considerações sobre este livro tão belo quanto útil.