Sinopse
Seminua na sacada, Maria batia com a latinha de cerveja no parapeito de ferro no ritmo da música. O néon vermelho da fachada aureolava sua figura. Pouco acima de sua cabeça, a lua minguante no céu parecia de uma deusa bárbara. Josué lembrou-se do conselho de Palmira, sua amiga astróloga e leitora de tarô: “Nunca comece nada na lua minguante”. Pegou de novo a Canon. Clique, clique, clique. A aura rubra de maia, o estilhaço gelado da lua. Fazia frio no quarto.