FLUXO METANARRATIVO DE HILDA HILST EM FLUXO-FLOEMA

O mérito maior da publicação de encontra-se na qualidade da leitura desenvolvida por Juarez Guimarães Dias. Lidar com um tipo de escrita como o de Hilda Hilst, sedutora, instigante e plena de mistérios, pode levar o leitor a perder-se numa leitura impressionista, alicerce fluido demais, pessoal demais para dar conta das inovações/criações literárias e lingüísticas que caracterizam essa autora. Juarez não se deixa perder nesses meandros e por eles caminha com segurança, perspicácia e delicadeza. A técnica vertiginosa de Hilda Hilst, geradora de multiplicidades e de complexidades, torna-se, na leitura de , mais acessível ao leitor iniciante e mais desafiadora ao leitor experiente. A busca constante da autora de identidade e de sentido também se fazem movimentadas pelas mãos / sensibilidade de Juarez, que não só deixam revelar os múltiplos rostos da escritora Hilda Hilst como também as faces múltiplas de sua ficção, ainda não de todo conhecida e trabalhada no cenário da literatura brasileira contemporânea. Para esse reconhecimento, a análise de Juarez Guimarães Dias irá, certamente, contribuir de maneira criativa, eficaz e generosa. Suely de Paula e Silva Lobo PUC – Minas