Sinopse
A interlocução entre Serviço Social, Criminologia e Direito torna possível delinear bases para um debate crítico sobre a execução penal no Brasil, desvelando as mediações que atravessam seus fundamentos e suas funções em uma sociedade de classes. A partir desse debate crítico, iluminam-se direções interdisciplinares para a atuação profissional compromissada com os fundamentos ético-políticos da radicalidade democrática e da defesa intransigente dos direitos humanos.
Introduzir um debate crítico sobre a tecnologia do exame criminológico é, assim, avançar na crítica da própria execução penal e, sobretudo, das expectativas do conservadorismo penal em relação a assistentes sociais nesse delicado e complexo jogo de forças posto no espaço sócio-ocupacional do cárcere, inscrito no âmago da violência de Estado capitalista e atravessado por uma autonomia profissional extremamente relativa. E é, também, posicionar-se criticamente, em termos ético-políticos, face à perversidade do encarceramento em massa da pobreza no modo capitalista de produção.