Sinopse
É difícil ler Por uma Sociologia do Pertencimento sem relembrar as cenas e sentir a dor dos desabrigados da enchente de 2014, porque Iranira, Enísia e Xênia, com uma lente do tempo, relembram histórias e percorrem o trajeto por onde o Rio Madeira, como se quisesse imitar um mar revolto, invade casas, coloca os pertences das famílias a boiar nas suas águas e expulsa o homem de suas margens. O Rio, em estado de rebelião, reage levando tudo e todos adiante e para longe de si, num ímpeto de colocar o outro em estado de desaparecimento. Ler este livro não é somente revisitar memórias, mas, sobretudo, é sentir-se avisado de que homem e Rio precisam (con)viver em perfeita harmonia. O homem precisa rever suas ações em relação à natureza para que esta não se volte contra ele próprio.