DE ALGUÉM CHAMADO POETA

O poeta Wagner Cortez presenteia ao sensível apreciador de poesia com o livro: “DE ALGUÉM CHAMADO POETA”. Percebe-se na estruturação poética a ausência de versos livres e brancos, ou seja, o estilo é pós-moderno, cuja liberdade formal permite ao poeta transitar e empreender pulsões (in)conscientes no labiríntico Ser poético. Registra-se a presença nos versos de Wagner Cortêz um autêntico telurismo, posto que as raízes do Ser-tão erijem-se como a argamassa em que se edificam sua criação e experimentação poética advinda dos Astros, da Terra e da Infância. A inquietação do poeta se configura como marca da qualidade estética dos seus versos, uma vez que a voz lírica está em constante transfiguração, porque nada é definitivo e tudo está para ser sentido, vislumbrado e parcialmente descoberto. A forma híbrida também surge como fator da travessia para outras instâncias do Ser e da subjetividade sugerida pelos versos ‘cortezianos’, haja vista que o leitor mais avisado sentirá a presença do processo de verticalização, ou seja, há marcas de um existencialismo-filosófico que contribuem para a consolidação do poético. Sebastiao Augusto Rabelo Pós-Doutor em Literatura Colonial Brasileira pela Universidade Federal de Goiás e Professor