A ERA DO ESPÍRITO

O Credo que rezamos desde Nicéia estende-se em detalhes sobre a obra e a pessoa de Jesus, mas, ao chegar ao Espírito Santo, contenha-se com uma única frase: "Creio no Espírito Santo". Essa desproporção reflete-se em nosso comportamento. Muito conhecemos, sabemos, estudamos e contemplamos sobre Jesus, centro de nossa vida, mas sobre o Espírito Santo, não nos atrevemos a entrar em detalhes. Estamos um pouco melhor que os discípulos de Éfeso, que abraçaram a fé em Jesus, centro de nossa vida, mas sobre o Espírito Santo, não nos atrevemos a entrar em detalhes. Estamos um pouco melhor que os discípulos de Éfeso, que abraçaram a fé em Jesus sem sequer ter ouvido falar do Espírito Santo. Em contrapartida, eles, quando Paulo lhes falou e lhes impôs as mãos, receberam o Espírito e seus dons com um realismo tangível do qual nos encontramos todos ainda muito longe. Cabe-nos imitar em profundidade carismática aqueles que até agora imitamos em ignorância prática . É disso que se trata: de aumentar o contato com a Terceira Pessoa em nossa vida. De perceber que a maneira de Deus aproximar-se hoje de nós é o Espírito Santo. De descobrir que, para além dos símbolos e dos nomes, acha-se uma pessoa, tão real quanto o Pai e o Filho, que nos espera para estabelecer conosco a intimidade divina, que é a nossa vida de graça.