Sinopse
Os anos 1930, no Recife, começam encarando o impasse da produção de filmes. Mesmo com parte da crítica se esforçando para sustentar a primazia do cinema desprovido de diálogos gravados, o som sincrônico recebe a adesão da massa de espectadores. O Ciclo do Recife torna-se paulatinamente um artefato da memória da cidade. As grandes expectativas da década de 1920 abrem espaço para a sensação da crise e de impotência. A cidade parte para reconstruir, de novo, seus pobres cenários. Através das imagens, e cada vez mais desse modo, se padronizou a vida social. Entre os dois golpes militares que ousaram denominar-se revoluções (1930 e 1964), a natureza recua, isola-se num especie de nostalgia do campo, da praia deserta, do jardim e do quintal, para fazer surgir um território crescentemente artificial feito de máquinas, cimento, consumo.