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ANDAR, ANDAR

Alfredo Garcia-braganca
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Sinopse
EMBORNAL DE LEMBRANÇAS PEREGRINAS, por Paulino Júnior.A estrada me aparece como o símbolo mais adequado para abordar esta obra e seu autor. No sentido imediato, foi na estrada que conheci Alfredo Guimarães Garcia em pessoa, quando de nossa parceria no projeto Arte da Palavra, promovido pelo Sesc nacional. Saí da ilha de Santa Catarina para me encontrar com o escritor do Pará (originário da cidade de nome apreciável pela cadência sonora assonante: Ananindeua) a fim de percorrermos, em setembro de 2017, quatro cidades do Rio Grande do Sul: Canoas, Montenegro, Lajeado e São Leopoldo. Chegamos a apelidar nossa turnê literária de Caravana Rólidei” – em franca brincadeira ao filme Bye Bye Brasil.Na estrada, convivi com um sujeito cheio de histórias e galhardia. Um sujeito de riso fácil, não por condicionamento protocolar, e sim porque sabe sacar a piada e a poesia que cabe no dia a dia. E o contador de histórias, de orelha em pé e faro fino para o miúdo, captando o universal incrustado no particular, faz-se presente nas páginas deste Andar, andar: Memórias do nunca mais.O título já dá boas pistas do processo de pavimentação do projeto literário. Em literatura há duas entidades arquetípicas de personagens, manejadas de maneira consciente ou não, para que a narrativa seja desenvolvida: o pícaro e o peregrino. Grosso modo, o primeiro se caracteriza pelo caráter ardiloso e travesso, seu deslocamento no tempo e espaço se estabelece na forma da aventura, em que as instituições sociais e os limites impostos servem justamente para serem ridicularizados, burlados e transgredidos (muitas vezes para tirar vantagens pessoais e escapar de enrascadas); já o peregrino implica em questões mais metafísicas, os eventos enredados se configuram, na totalidade, em uma jornada existencial com buscas e descobertas transformadoras (para o bem e para o mal).Guiado por essas coordenadas, sou levado a carimbar a obra em mãos de Embornal de lembranças peregrinas. E esta bagagem carrega o que mais aprecio na literatura do Alfredo: a matéria guarnecida de gente, histórias de muitas vidas. Trata-se aqui de romarias concomitantes em via de mão dupla. Na medida em que o narrador realiza sua jornada, rumo ao propósito determinado, outra passa a ocorrer em seu interior: uma sucessão de reminiscências e recordações desencadeada pela galeria de personagens/personalidades que cruzam seu caminho.No compasso da peregrinação, perdas e ganhos são relativos, fracasso e sucesso são impostores. Em Andar, andar, a morte pega carona nas pegadas do peregrino e, passo a passo, refresca sua memória a respeito de que a passagem do homem pelo tempo é uma travessia sem GPS.Não precisamos chegar ao fim da linha para compreender que andar pela longa e sinuosa estrada da vida é uma viagem à finitude de experiências pessoais e intransferíveis. Modo diferente de lidar com esta obra, recomendando-se que todo itinerário seja percorrido para ter a certeza de que Alfredo Guimarães Garcia é um louco. Louco à moda de o Assinalado, de Cruz e Sousa: o louco da imortal loucura, o louco da loucura mais suprema, em que a Terra é sempre a tua negra algema, e que povoa o mundo despovoado, de belezas eternas, pouco a pouco...

Categoria
Editora Populivros
ISBN-13 9788567225043
ISBN 8567225043
Edição 1 / 2018
Idioma Português
Páginas 90
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