AS ÁRVORES DE SÃO PAULO

*: Enfim, as árvores de São Paulo estão floridas e resgatadas desde as raízes. Elas não mais choram em vão, olham para os céus, agradecidas, sob o intenso olhar do poeta. Elas nada mais são que as mágicas e misteriosas entranhas de Karin. Profundo e dramático mergulho na alma, seus versos refletem a dualidade, o paradoxo, a própria vida: ora feliz – pétalas de flores multicoloridas transbordando amanhãs; ora taciturna – invernos insondáveis e de folhas caídas, à espera do renascer. Assim o fazer poético nos chega ao espírito: pura arte, puro drama, puro sentir. Explosão de gritos interiores, convulsão de desejos e angústias. Cheios de vida. Cheios de medo e coragem. Cheios de resignação. Insone. Sim, insone. Mulher. Raízes profundas, pés no chão. Troncos firmes, a caminho dos céus. Galhos frágeis, sofridos, sustentando heroicamente as flores que ainda teimam em florir. Assim é Karin. Autêntica. Guerreira. Forte. Sensível. Como São Paulo. Como as árvores de São Paulo... Mário Luiz Ferraz Araújo Professor de curso pré-vestibular. Pós-graduado em Educação de Ensino Superior. Diretor-fundador do IMENSU – Instituto Mairiporã de Ensino Superior.