Sinopse
Com narrativas curtas, Thaty Marcondes, em Azul da Prússia, constrói histórias de escracho, mostrando personagens que terminam quase sempre em uma circunstância irônica. Seus textos críticos e abusados revelam o gosto pelas linguagens sociais e falam sobre as intensidades amorosas e sexuais de personagens que optam por finais trágicos ou cômicos. A obra não traz longas descrições e as ações são rápidas. As frases desmontam a própria encenação realista, chamando a atenção para o lado artificial de toda escrita. A autora vai, assim, brincando, desconstruindo, desmantelando o realismo narrativo, se divertindo com as saídas de linguagem. Com estilo ousado, ela quer intensidades. Excessos. De lendas a alegorias, de cartas a histórias de sexo via internet, de dores de amor a sentimentos líricos, a autora coleciona recursos estereotipados e tira deles o seu quinhão de literatura.