Sinopse
Há palavras que geram potências. Palavras que aquecem o mundo.
palavras que conseguem acender as luzes de um natal improvável na cúpula das árvores.
2018. O vento pós-golpe, o assassinato brutal de Marielle, tantas forças sombrias fazem com que corpos sensíveis se inclinem, curvem-se, deixem de contemplar o céu.
A voz de Cintia Luando é aquela vela que brilha nas trevas; com chama frágil, porém - imparável, intocável, irrevogável.
Caco é esta tentativa: sustentar a flutuação do sopro de um corpo-girassol que tenta, com a pele às avessas, suportar as forças da ventania.
como tornar o corpo um lugar habitável mesmo quando a força vital evapora por todos os poros da pele?
Caco é essa pergunta. Também.
E a poeta, essa força maior no meio do incêndio invisível do mundo, essas tentativas de tornar o mundo, a casa; a multidão, viva; o caco, junco.
"Amanhã vou sonhar tão alto que morrerei".
Continuamos aqui.