Sinopse
O autor nos apresenta, por meio de um texto memorialístico, de cunho assumidamente autobiográfico, suas experiências no cinema, único onde conseguia assistir a filmes proibidos para menores de dezoito anos - embora muitas vezes ele mesmo não entendesse nada do que se passava na tela. À censura etária somavam-se ainda as proibições que atingiam também os adultos, em tempos de ditadura militar. As ilustrações de Caco Galhardo passam como um filme diante do leitor. Caco voltou aos grandes clássicos da época e, inspirado em cartazes como os de Laranja mecânica, O último tango em Paris, A classe operária vai ao Paraíso, Blow Up, Meu tio - valendo-se ainda de sua habilidade e experiência com o cartum -, criou micronarrativas em quadros cinematográficos. O artista trabalhou ainda com referências fotográficas de época para desenhar lugares e pessoas, como o Cine Bijou e o teatro Cultura Artística, e o jornalista Vladmir Herzog.