CLARALUZ E O POETA

Claraluz e o Poeta é um romance contemporâneo. Os personagens de Claraluz e o Poeta são pessoas comuns, de vidas comuns. Não são heróis, e nem serão. São pessoas que podem ser confundidas no anonimato, mas que veem as suas vidas serem transformadas por obra do amor romântico que envolve, de forma gigantesca, dois personagens: Claraluz, a médica carioca do Leblon, e Mandel, o professor, poeta e músico de Sabará, cidade mineira que é base concreta da construção da mineiridade. Essa mistura é o ingrediente básico que dá o tempero à trama, provocando transformações profundas na vida deles e de outros personagens. Assim, o amor romântico, nascido ao sabor da ausência de fronteiras do mundo virtual e cibernético no coração de duas pessoas, move a engrenagem da história dos personagens movidos pelas drogas contemporâneas, compatíveis com a vida atual, de onde se extrai somente prazeres efêmeros, fugazes e suicidas; pela futilidade das colunas sociais, que proporciona às celebridades passeios ao céu e ao inferno num piscar de olhos; pela imoralidade tecnológica, que permite a impunidade criminosa do anonimato institucionalizado das telecomunicações, culminando numa intrigante trama de suspenses e enigmas; e pelas exigências do mercado no mundo pós-moderno, que não indica nenhum caminho a seguir, mas exige-se implacável o movimento das hordas, mesmo que seja para onde não se sabe. Somando-se a estes elementos, Claraluz e o Poeta torna-se também um livro que homenageia a música, a literatura e a poesia, edificadas por tantos e tantos autores nessa estrada da Humanidade, e que se misturam, de forma harmônica, aos enredos das variadas tramas e núcleos que se entrelaçam no romance. Claraluz e o Poeta foi escrito para provocar torpor nas mentes. Ser uma ilha de utopia cercada pelas águas da desesperança pós-moderna. Claraluz e o Poeta é um ópio pós-moderno. Claraluz e o Poeta foi talhado e pincelado para ser instrumento de vingança do homem contra o seu sistema, que retirou da sua alma a esperança, para que todos se conformem em viver sem sentido e sem direção.