CORES, FORMA, LUZ E MOVIMENTO: A POESIA DE CESÁRIO VERDE

Seduzido pela palavra potencialmente sinestésica, Jorge Luiz Antonio abre um diálogo político com a poesia de Cesário Verde e se lança em experiências ousadas: a poesia criada em ambiente digital. Nesse ambiente a palavra política se liberta do grafismo da littera e assume configurações dinâmicas de imagens de uma linguagem matizada pela visualidade de uma outra codificação. A poesia digital mostra assim que, pela primeira vez, o poeta produz suas imagens interferindo no código do suporte digital O código da poesia cria a palavra mais restrito apenas a letra. Esse é o refinado exercício de análises da obra de Cesário Verde amparado por uma ampla revisão do legado crítico-teórico no contexto das tradições poéticas com as quais o poeta dialoga sem se encerrar em nenhuma delas. A dinâmica de um lado trabalho poético que tomou a diversidade como matéria-prima construtiva tornou-se, igualmente, a coordenada básica do exercício de rigor que Jorge Luis Antonio tomou para si para realizar sua pesquisa.