CORPO SEM IDADE, MENTE SEM FRONTEIRAS

A coleção O Essencial, da obra de Deepak Chopra, objetiva apresentar para os leitores familiarizados ou não com o trabalho do escritor indiano, uma síntese dos originais completos. Em Corpo sem idade, mente sem fronteiras o autor desafia o leitor a transformar sua percepção do mundo e acreditar que a renovação, a criatividade, a alegria e a perenidade são experiências comuns da vida. Na verdade, somos as únicas criaturas na face da Terra capazes de mudar nossa biologia através dos pensamentos e sentimentos que geramos. Tal capacidade de transformação é alicerçada nas descobertas que a física quântica fez há quase cem anos. As sementes deste novo paradigma foram plantadas por Einstein, Bohr, Heisenberg e outros pioneiros. Eles perceberam que, embora as coisas pareçam ser reais, não há qualquer prova de sua existência independentemente do observador. Duas pessoas não compartilham exatamente o mesmo universo. Cada visão de mundo cria sua própria realidade. Einstein e seus colegas reorganizaram tempo e espaço em uma nova geometria que não tinha princípio nem fim, nem margens, nem solidez. Cada partícula sólida no universo passou a ser um feixe espectral de energia vibrando num imenso vazio. Não há fim, portanto, para esta dança cósmica. O campo universal de energia e informação nunca cessa de se transformar, tornando-se novo a cada segundo. E nossos corpos obedecem ao mesmo impulso criativo. Nós somos capazes de nos renovar. E para permanecer vivo, o corpo deve viver nas asas da mudança. A pele se substitui uma vez por mês, o revestimento do estômago a cada cinco dias, o fígado a cada seis semanas e o esqueleto de três em três meses. O corpo físico, como todos os objetos materiais, é uma ilusão e se nos dispusermos a explorar os níveis invisíveis dele detectaremos uma imensa força, capaz de deter até o envelhecimento. Será necessário, porém, desmontar toda uma conceituação que ainda acredita que nossa verdadeira natureza é definida pelo corpo, ego e personalidade. Mais ainda: o tempo não existe como um valor absoluto. Na concepção da maioria, o tempo é visto como uma prisão da qual ninguém escapa e os corpos são máquinas bioquímicas que, como todas, se desgastam. E isso acontece porque vivemos inconscientes. Viver inconscientemente leva a inúmeras deteriorações. Mas o simples fato de prestar atenção às funções corporais modificará o modo como envelhecemos. A cura, portanto, será compreendida na medida em que as crenças pessoais, as expectativas e a autoimagem também o sejam. As estatísticas indicam que as taxas de mortalidade por câncer e enfermidades cardíacas são provavelmente mais altas entre pessoas com dificuldades psicológicas, e mais baixas entre pessoas que têm um forte sentido de objetivo e bem-estar. É necessário, portanto, aprender a reinterpretar o seu corpo. Para isto, será fundamental também abrir a consciência a fim de ganhar controle sobre o processo de envelhecimento. E transformar os condicionamentos exige que prestemos atenção a nós mesmos. Exercícios físicos, por exemplo, ajudam a deter a entropia à qual estamos acostumados. Mas é preciso dosá-los e saber descansar. Em todas as áreas da vida, a chave é o equilíbrio. E um estilo de vida que o valorize é um dos passos mais importantes para retardar o processo de envelhecimento. Com o avanço da idade, tendemos a nos individualizar, a nos descobrirmos únicos. Deepak Chopra propõe exercícios práticos e atitudes que podem ajudar a dar mais sentido e significado à existência. Aprender a amar e render-se aos mistérios do universo podem ser um bom começo. Uma obra para ler, meditar e colocar em prática.