Sinopse
Khalid Al-Maaly escreve o poema tendo como porto de partida a experiência da dor insuportável, e que não pode ser apaziguada se não por meio da ilusão, e esta última - conforme a vejo - é o limite extremo do sonho. Assim as poesias dessa coletânea giram entre os polos da dor e da ilusão, entre as quais está a vida, com tudo quanto contém daquilo que foi e que não foi. Dessa forma, não é possível lê-las ao arrepio do que o poeta viveu, e que se transformou em experiência. Por conseguinte, não é possível lê-las ao arrepio do que ele escreveu anteriormente, pois se trata de uma extensão da viagem do nada, da viagem do inútil: o enorme nada, o inútil estimulante que nos deixa no limite extremo da disposição para dialogar com ela, com esta vida, que não é nossa, nunca.