FAMÍLIA: APRENDER A TOLERÂNCIA E ACEITAR A DIFERENÇA

Quisemos colher do dia-a-dia a palha e as espigas que a vida em família nos oferece, para que se perceba com isso que a vida a dois e antes de tudo um ato de amor e de tolerância. E um contínuo exercício de se replantar, de se cativar e de se cultivar mutuamente, pois assim se cativam e se cultivam os filhos. Enfim, cada um precisa aprender a tolerância, que outra coisa não e que aceitar as diferenças um do outro, sabendo que nelas estão a riqueza da família. Respeitar-se mutuamente e buscar discernimento não só humano, mas sobretudo espiritual, para superar o orgulho ferido, razão última da intolerância, ou seja, dessa mania humana de puxar o mundo para si, achando-se o dono do universo. Aprender a tolerar pode evitar que as pequenas e as grandes desavenças entre marido e mulher, entre pais e filhos descambem para o ressentimento e o conseqüente azedamento das relações conjugais e familiares.Aprender a tolerância, acolher as diferenças, trabalhar as próprias individualidades e subjetividades parece o caminho mais correto para estabelecer não só um relacionamento familiar construtivo, mas também as bases para uma sociedade mais solidária. Oxalá estas páginas ajudem o leitor ou a leitora a verificar e até mesmo repensar seus pontos de vista e a aguçar sua percepção no entendimento do coração e da alma da pessoa, ou das pessoas que ama. Afinal, o amor tem a capacidade de nos afiar os sentidos, depurar nossas emoções e clarear com sua luz as áreas escuras de nossa personalidade...