Sinopse
Ninguém sabe em que momento preciso da sua existência Hildegarda de Bingen recortou, no despojado, a sua primeira visão da luz, nem a vitória sobre que temor ou silêncio tal implicou, nem se era solidão ou companhia o sentimento disso que a devastava, a retinha. Que infância era essa que a conduzia a jardins tão escondidos, a clareiras apenas segredadas, onde o invisível assoma na sua dança de vento e de desígnios, mesmo quando só desenha um improvável, aéreo funil de folhas?No retiro do quotidiano monacal, há-de realizar uma experiência que a torna, quase naturalmente, mãe e guia nos silenciosos e austeros caminhos da vida interior. Heidegger, pensando os fundamentos filosóficos da mística medieval, descreve-a a dada altura como uma claridade que cresce.