GRAVIDADE ZERO DIRIGINDO O CAPITAL DESDE O 1O ESTAGIO DE HIGH-TECH
Steve Harmon
(0) votos | (0) comentários
Sinopse
Dando continuidade ao relançamento da obra completa do escritor José J.Veiga, o romance A Casca da Serpente, obra revista pelo autor e com novo acabamento gráfico, distingue-se como uma imaginativa fábula política, escrita pelo introdutor no Brasil do realismo fantástico. A narrativa reescreve a história de Canudos e de seu líder, Antônio Conselheiro, como ficou conhecido - Antonio Vicente Mendes Maciel (1828-1897), um líder messiânico do século XIX. Ao retificar a história de Canudos, localizada na fronteira da Bahia com Alagoas, o autor dá sua versão dos momentos finais da guerra que lá se deflagara contra as tropas governistas. Antônio Conselheiro não morrera e saiu rumo a novas aventuras sertão afora. Seu bando trabalha na construção da nova Canudos. Mas, segundo o próprio autor, como toda história fictícia também carece de verossimilhança, a nova Canudos não consegue vingar. A obra nos revela um escritor meticuloso, com total domínio da técnica do romance. Há momentos em que sua narrativa segue a linha de Graciliano Ramos e estabelece uma sintonia com o tema e a geografia da fome. A Casca da Serpente nos introduz numa narrativa em que é tênue a linha entre a ficção e a história.O AUTORJosé J. Veiga foi um autor singular. Seus romances e contos criaram um universo absolutamente pessoal, fundado em narrativas nas quais o cotidiano e o absurdo se articulam harmoniosamente. Nascido em 1915, no Estado de Goiás, transferiu-se aos 20 anos para o Rio de Janeiro, onde trabalhou no comércio, no serviço público, no rádio e na imprensa. Entre 1945 e 1949, viveu na Inglaterra trabalhando como jornalista de rádio. De volta ao Brasil, trabalhou em O Globo, na Tribuna da Imprensa e Seleções Reader´s Digest. José J.Veiga reviu sua própria obra em 1998, tendo sido relançados pela Bertrand Brasil os seguintes títulos: Os Cavalinhos de Platiplanto (contos/ 1959), A Hora dos Ruminantes (romance/ 1966), A Estranha Máquina Extraviada (contos/ 1967), Sombras de Reis Barbudos (romance/ 1972), Aquele Mundo de Vasabarros (romance/ 1985), Tajá e Sua Gente (juvenil/ 1986), A Casca da Serpente (romance/ 1989), O Risonho Cavalo do Príncipe (romance/ 1992), O Relógio Belisário (romance/ 1995) e Objetos Turbulentos (contos/ 1997). Os próximos títulos a serem relançados são De Jogos e Festas (contos/ 1988) e Os Pecados da Tribo (romance/ 1976).O escritor foi premiado pela Câmara Brasileira do Livro com o Jabuti pelas obras De Jogos e Festas (1981), Aquele Mundo de Vasabarros (1983) e O Risonho Cavalo do Príncipe (1993). Em 1997, recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. José J. Veiga faleceu aos 84 anos, em setembro de 1999.