INFERNO BRANCO

Foi a princípio difícil de compreender e de explicar aquele desastre de avião. O aparelho, que ostensivamente fazia um voo de Terra Nova para a Irlanda, se desviara da rota e fora cair nas vastidões inóspitas da calota de gelo da Groenlândia. Não se comunicara com qualquer torre do aeroporto e, portanto, nada se sabia sobre o que havia acontecido. Não levava passageiros e tinha apenas identificação indispensável para que pudesse levantar voo.Devia, entretanto, haver alguma coisa estranha e misteriosa naquele voo porque duas companhias de seguro e a bela viúva do piloto estavam tão empenhadas em apurar o caso que contrataram um piloto para ir até ao local do desastre e tomar conhecimento direto dos fatos.O piloto escolhido foi Joe Martin, em quem ninguém confiava muito, apesar de sua competência. Quando apareceram em cena algumas esmeraldas preciosas, o desastre passou a ter outra explicação, que não era técnica, mas pura e simplesmente policial e misteriosa. É a partir daí que se desenrola a ação repleta de suspense que enquadra este livro na melhor tradição da literatura de mistério e de aventura, numa sequência empolgante de peripécias e tramas nas quais sobressai a figura de Joe Martin como um homem forçado a agir com rapidez e inteligência para livrar-se dos perigos que começaram a assaltá-lo dos setores mais imprevistos, cada qual com mais ameaça e perigo.