INTRODUÇÃO À TEOLOGIA MEDIEVAL
Paul Gilbert
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Sinopse
A tarefa de introduzir a é quase impossível. As edições dos textos antigos multiplicaram-se. Começamos a descobrir a imensa Variedade de um pensamento que resiste às simplificações impostas pela ignorância, ingênua ou proposital, de alguns modernos. As fontes medievais da teologia vão se tornando mais bem conhecidas e seus significados estudados de modo cada vez mais perspicaz, graças, sobretudo à ousadia de algumas revistas e coleções. Para não nos perder em tal acúmulo de documentos ou de informações, decidimos assumir um ponto de vista amplo o bastante para abranger, de maneira significativa e unificada, mais de dez séculos. Veremos como a reflexão teológica pouco a pouco tomou consciência de sua identidade formal em função dos modelos "científicos" oferecidos pelas culturas em que se desenvolveu. Deveremos observar atentamente a originalidade desses modelos medievais: não são os dos Tempos Modernos, nem os da época contemporânea. Nossa exposição abandonará, portanto, a história das doutrinas teológicas, a menos que sua referência permita esclarecer como se constituíram as formas históricas do "discurso sobre Deus", como acontecerá, por exemplo, quando apresentarmos a disputa eucarística dos séculos IX e XI. Igualmente por motivos de economia, não falaremos aqui da teologia grega da Idade Média. Por estar amplamente integrada na patrística, ela será exposta em outro volume da coleção. Após um primeiro capítulo em que justificaremos nosso ponto de vista, o da determinação da forma racional da teologia, percorreremos os vários séculos da Idade Média, detendo-nos em autores que assinalaram a progressão de tal período de maneira decisiva.