Sinopse
Sentado no parapeito da janela, fumando escondido do pai, um menino passa os olhos pelo quintal da casa interiorana e lembra que certa vez enterrou ali uma estrela de xerife pra procurar vinte anos depois. Chegada a hora, o menino que virou narrador comparece ao compromisso. Não há como saber se encontra a estrela; o certo é que volta com as histórias de King Kong e cervejas, estréia na prosa do poeta Fabrício Corsaletti. O título avisa de saída que nostalgia não é o forte do livro. Na ficção como na poesia, Corsaletti segue impermeável a toda pose de melancolia ou desencanto. Do narrador nasce o olhar que fixa, com humor, precisão e afeto, as feições fugidias do muito que acontece entre a infância, o começo do mundo, e a última noite, às vésperas da partida para a cidade grande. Nascem daí os vultos dos amigos, as histórias de amores mais ou menos virtuais, os retratos da avó boa de cafuné e do avô que dava tchau de peão.