LINGUAGEM COLOQUIAL E IDENTIDADE
Marcelo Schwob
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Sinopse
"A palavra, como elemento da linguagem, interage e se confronta com o pensamento, estabelecendo nessa dicotomia a formulação da ideia, que leva o registro do fato à memória individual, coletiva ou social, instrumento vital na formação da história do homem e, em última análise, atua como agente estruturante da identidade de um povo e de sua cultura, ou mesmo de uma nação. Esse processo conflita com a manifestação natural e livre da imaginação humana em busca da utopia... Dentro deste ponto de vista, entende-se que o homem se percebe a partir de sua memória e de sua imaginação, o modo como registra sua trajetória. Da mesma forma, um país concebe e materializa sua imagem coletiva a partir dos registros históricos de sua memória social, processo que conflita conflitos com o eventual anseio de busca de uma história oficial, que manipula e idealiza a verdade histórica. Num plano ou noutro, dois fatos se destacam: a continuidade dinâmica da História, gerando a necessidade de permanente reavaliação dos processos histórico e social, tendo a memória como uma linha contínua de reconstrução do passado e de resistência à alteridade, que envolve as rupturas do tempo que muda, assim como a permanente ação dos mecanismos culturais no processo de revisão crítica individual que partem da interação história-memória e do conflito hegemônico dos grupos sociais que determinam o que é "memorável" a cada época, tendo como base a renovação permanente do pensamento e da palavra e, por consequência, da linguagem" (o autor).