LINGUAGEM DE SINAIS

Em linguagem de sinais, cinco contos e um quase romance movimentam o tabuleiro ficcional encenado por Luis Schwarcz a partir das artimanhas da memória. Os heterogêneos personagens reunidos no livro compõem narrativas unificadas pela presença persistente do passado, girando em torno dos mecanismos deflagradores do amor e da lembrança. A especialista em linguagem de surdos e sua obsessão por Goya e Beethoven. O síndico bisbilhoteiro que repete os finais de todas as frases. O locutor da derrota do Brasil na copa de 1966. O vaso de Murano refletido dezenas de vezes na ordem rigorosa da sala de estar. O tenor frustrado que não cana sem olhar para o céu. Decisivos incidentes do cotidiano se alternam com ancestralidade familiar em enredos simples, cujo corte cinematográfico acentua a contundência do conjunto.