Sinopse
Numa reflexão mais profunda, nossos bispos reunidos em Puebla afirmavam abertamente que "o Evangelho encarnado em nossos povos os congrega numa originalidade histórico-cultural que chamamos América Latina". E acrescentavam: "Esta identidade está muito luminosamente simbolizada no rosto mestiço de Maria de Guadalupe, que se ergue no início da Evangelização". E João Paulo II intui que Maria e "seus mistérios pertencem à própria identidade destes povos e caracterizam sua piedade popular". A Igreja latino-americana encontra-se hoje num novo e transcendente momento evangelizador do continente, que se define como compromisso de uma evangelização libertadora, cuja condição de possibilidade a situa numa preferencial identificação com o mundo dos pobres, nos quais descobre um potencial evangelizador, dado que a interpelam constantemente, chamando-a à conversão, e a evangelizam testemunhalmente porque muitos deles realizam em sua vida os valores evangélicos de solidariedade, serviço, simplicidade e disponibilidade para acolher o dom de Deus.