Sinopse
Genericamente falando, estudiosos costumavam admitir que qualquer investigação poderia ser conduzida mais ou menos inteligentemente e com esperança de êxito. Guiados por esses pressupostos, também admitiram que, existindo métodos para buscar verdades, um deles seria o "correto".
Aos filósofos das ciências caberia, então, caracterizar o método correto, indicando onde procedimentos alternativos estariam equivocados.
Essas ideias, em voga até meados do século XX, não contam com aprovação generalizada nos dias de hoje. A rejeição se justifica lembrando que atribuem exagerada confiança na possibilidade de haver uma "primeira filosofia" a priori, além e acima dos procedimentos de cientistas, capaz de classificar esses procedimentos, indicando os "bons" e os "maus".
Atualmente, a metodologia ganhou atribuições mais modestas. Cabe-lhe examinar métodos de pesquisa efetivamente adotados, em diversas épocas, em diferentes áreas de estudo - não para criticá-los, mas para sistematizar pressupostos de um domínio particular, num dado momento.
Nestas páginas, um grupo de estudiosos discorre a respeito de métodos empregados em suas áreas de trabalho. Os autores colocam as observações desses estudiosos em amplo contexto histórico-filosófico, de Sócrates até o século XXI, ressaltando o permanente debate entre dedução e indução - objeto de considerações ao longo de toda a obra.
Leitura complementar para as disciplinas Métodos de Pesquisa e Metodologia de Pesquisa, Metodologia Científica do ciclo básico da área de ciências humanas e sociais.