MICHEL FOUCAULT E AS INSURREIÇÕES: É INÚTIL REVOLTAR-SE?
Margareth Rago
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Sinopse
O X Colóquio Internacional Michel Foucault, realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) entre 24 e 27 de outubro de 2016, teve como proposta de reflexão as revoltas, as resistências e as insurreições na filosofia desse pensador. Procurou discutir a dimensão da liberdade, da desobediência e das lutas em suas reflexões, na contramão das leituras simplificadoras, para não dizer ressentidas, que se satisfazem em enquadrar sua filosofia como antiemancipacionista, isto é, como incapaz de fornecer saídas, a despeito das brilhantes análises sobre o exercício do poder na vida cotidiana.Assim, este livro, organizado a partir de um conjunto de textos especialmente escritos para o evento e devidamente revistos por seus respectivos autores, nos apresenta um amplo panorama do pensamento de Michel Foucault e derivações dele para pensar nossas questões contemporâneas. Ninguém tem o direito de dizer: Revoltem-se por mim, trata-se da libertação final de todo homem. Mas não concordo com aquele que dissesse: Inútil se insurgir, sempre será a mesma coisa. Não se impõe a lei a quem arrisca sua vida diante de um poder. Há ou não motivo para se revoltar? Deixemos aberta a questão. Insurge-se, é um fato; é por isso que a subjetividade (não a dos grandes homens, mas a de qualquer um) se introduz na história e lhe dá seu alento. É inútil revoltar-se? Michel Foucault.