Sinopse
Como o gestor público de uma metrópole pode arrecadar recursos e potencializar o tecido urbano estimulando o setor privado a inovar? Uma maneira de responder a esses desafios se materializou no chamamento público Réinventer Paris, promovido pela prefeitura da capital francesa, que numa única iniciativa propôs um engenhoso modelo público-privado: vender imóveis municipais subutilizados para empreendedores aliados a projetos com pautas novas, de arranjos sociais complexos a experimentos ambientais de vanguarda. A ação atraiu estrelas internacionais da arquitetura e urbanismo, dispostos a competirem pelas 23 propriedades disponíveis. Entre as cerca de 650 propostas apresentadas, destacamos as12 do consórcio Urbem/Triptyque, formado por dois vibrantes atores do cenário brasileiro. Juntos, eles convocaram arquitetos de seis países, entre eles Paulo Mendes da Rocha e Alejandro Aravena, e envolveram cerca de 200 profissionais. A plataforma escrita pelo consórcio foi interpretada de maneira diversa, sendo materializada em extremos, de torres de terra a experiências sensoriais. Após um ano de trabalho intenso (e o frustrante saldo de apenas duas segundas colocações), o processo transformou muitos dos participantes, de investidores a projetistas.