Sinopse
Neste seu segundo romance, depois do psicodelíssimo Demo Via, Let's Go!, Gustavo Matte, num futuro mais ou menos distante, entrevista um grupo de amigos que, em sua juventude, fundaram juntos um coletivo de artistas (a Nuvem Colona) na tentativa de reconstituir coletivamente a memória de seu passado. Os entrevistados, quase todos poetas, escritores, artistas e agitadores culturais, vão revelando-se aos poucos, apresentando, involuntariamente, os traços discursivos e psicológicos que os distinguem, com direito ao aparecimento de tretas (um triângulo amoroso) mal resolvidas no passado e que voltam para atormentar os depoentes durante a entrevista e exigir uma postura de amadurecimento dos envolvidos para lidar com a situação tantos anos depois. Propondo uma mistura interessante de romance de formação com o pouco típico "romance de ideias", Nuvem Colona pode ser lido de várias maneiras e por interesses diversos: uma exposição narrativa sobre os anos juvenis de uma trupe de estudantes interioranos que se mudam para uma capital ou um grande ensaio narrativo sobre a questão da cultura e contracultura urbana da região Oeste de Santa Catarina e da cidade de Porto Alegre. Na verdade, as duas coisas e muito mais! ao mesmo tempo.