O BEIJO DE MESSALINA

O novo livro de Oscar Luiz Brisolara, O Beijo de Messalina não se limita apenas à narrativa da conturbada existência da infeliz e libidinosa imperatriz romana Valeria Messala Minor. Esposa do imperador Cláudio, foi desafeta ferranha de Agripina, sua prima e mãe de Nero, que a substituiu no leito desse imperador, e provocou sua condenação à morte.Se, por um lado, a existência da deslumbrante princesa transcorreu entre as relações promíscuas, escandalosas e extremadas de fogosa amante, por um lado; e o terno amor de mãe que dedicou a seus dois diletos filhos Otávia e Britânico, por outro, o autor não permanece nisso.Costura fatos e filosofias através de um narrador em primeira pessoa que viaja para Roma na busca de dados para sua obra. Nessa cidade, encontra um ex-colega de seminário que trabalha no Vaticano. Esse lhe fornece a cópia única de texto milenar com dados secretos sobre a vida íntima da imperatriz romana.Nos entremeios dos texto antigo, fornece-lhe dados importantíssimos sobre as disputas pelo papado, mormente nas penúltimas eleições envolvendo o cardeal Ratzinger (Bento XVI) e o seu concorrente, o cardeal norte-americano Paul Marcinkus.O autor, na imagem de Messalina, condensa toda a perversão da família dos Césares que formam a primeira dinastia do Império Romano.Depois, aborda a cristianização do império por Constantino, imperador perverso, que, ao invés de cristianizar o paganismo, paganisa grande parte do cristianismo. Origina alguns papas corruptos e perversos.Assim, o ósculo da imperatriz pagã Messalina atinge a face de alguns papas, introduzindo na disputa pelo poder eclesiástico, muitos valores perversos do corrupto paganismo romano clássico.