O ELMO DO HORROR: O MITO DE TESEU E O MINOTAURO

Pelevin retira Teseu e o Minotauro dos tempos arcaicos e os joga diretamente nos dias de hoje. O ponto de partida é simples e genial: um bate-papo na internet emulando uma tragédia grega. São oito personagens que repentinamente se vêem diante de computadores e que só conseguem se comunicar por esse meio, deixando-se entrever pelos seus nomes virtuais: Ariadne, Sartrik, Monstradamus, Quebra-nozes, Romeo-y-Cohiba, Isolda, Organismo, UGLI 666. Enquanto se apresentam e tentam entender o que se passa, percebem que são vigiados por uma força poderosa e que cada passo que dão é controlado por moderadores. Cada um tem o seu labirinto particular, e aos poucos todos travam contato com um estranho mecanismo de apreensão da realidade denominado "elmo do horror". Em meio a inscrições, pergaminhos, sinais trocados, jogos de palavras e muito humor, esperam a besta-fera mítica e/ou o seu matador e destrincham camadas de significados rumo a um sentido final.