Sinopse
Chamo pátria de profundas veiasa essa relação viva entre os homens se ela houvessee não esta condição de anónima indiferençae de vaga identidade flutuantesem cúpula e sem os templos brancoscom jardins de um ócio voluptuosoÉ por isso que estamos condenadosà solidão de não pertencermos à dilatada forçaque constitui um universo e projecta um horizontede humanidade viva em floração unânimeSomos apenas cúmplices da nossa inabilidadee dos ornamentos com que a revestimospara parecer que somos e ser o que parecemosQuem escreve procura abrir um espaço numa muralhatão opaca mas tão vaga e cinzentaque esse espaço imaginado de branca identidadenão é mais que um aceno à possivel liberdadepara além da sua gloria profanada