Sinopse
Desde a inauguração do Memorial da América Latina de Oscar Niemeyer, 1989, que São Paulo não tinha um edifício importante e com uma escala razoável acrescido ao seu patrimônio edificado. O conjunto arquitetônico e urbanístico Praça das Artes nasce já com uma referência incontornável na paisagem urbana paulistana, marcando um momento de resgate do valor arquitetônico como política pública. Sabe-se que Lina Bo Bardi chamou o Sesc Pompeia de Cidadela da Liberdade, em alusão a uma construção que inocula urbanidade em seus espaços internos, vinculando essa urbanidade a uma disposição artística inventiva. Se, historicamente, cidadelas são fortificações, essas cidadelas da liberdade paulistanas são vazadas pelo processo histórico democrático, conectando as torres ao chão com a criação de praças, e tornando-as permeáveis ao uso múltiplo e imponderável da população urbana. Uso particularmente intenso no centro histórico, onde está a Praça das Artes.