Sinopse
Um autor que nunca se repete. Essa poderia ser a síntese narrativa de Sérgio Sant’Anna, escritor carioca que ganhou destaque a partir de 1970. Ao explorar as múltiplas possibilidades oferecidas pela literatura, seus textos são experimentos de linguagem, gênero e forma.
Na coletânea, nove artigos analisam diferentes aspectos da narrativa do escritor, que vão desde seu estilo performático à alteridade presente nas obras. De acordo com Ângela Dias, trata-se de uma "literatura que, apesar de tagarela e cínica nas artes da sedução, é suficientemente teatral e engenhosa, para evitar armadilhas da improvisação".
Sobre a arte de escrever, o próprio homenageado declara, no décimo e último artigo da coletânea, que "talvez seja, em grande parte dos casos, muito mais o exercício de uma vontade, às vezes férrea, do que a realização de uma vocação irreprimível". Nesse sentido, a escrita não é talento ou inspiração, mas sim produto do esforço, do erro e do acerto.