TEXTUALIDADES MIDIÁTICAS
Bruno Leal
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Sinopse
"A crítica ao mediacentrismo aparece como um pressuposto compartilhado no conjunto das contribuições que formam este livro: um modelo insular dos meios não é válido, entre outros motivos porque os textos e as práticas midiáticas estão sempre inscritas em ecossistemas culturais mais amplos. Como propôs a recém falecida Mabel Piccini, os meios, máquinas despóticas, operam dentro de redes culturais múltiplas , em cuja heterogênea trama constituem espaços de condensação e interseção. Piccini inscrevia estas observações no quadro de uma crítica epistemológica, uma vez que, nas suas palavras, a concepção dos meios como centro imobilizado ou ilhota de coerência e inteligibilidade dos processos culturais (...) é tributária de certos modelos cognitivos que tendem a cristalizar os processos sociais e políticos em pontos de referência estáticos, suprimindo, no mesmo ato, as interconexões e derivações que são a própria base destes processos. Interconexões e derivações que, como veremos em seguida, se deixam inter- pretar apenas parcialmente em termos de relações de intertextualidade. Os novos espaços comunicativos não são adequadamente representados, mesmo pela metáfora bem-sucedida da rede, pois, como o rizoma ou o labirinto, permanecem modelos mecânicos e basicamente bidimensionais." (Gonzalo Abril)Este livro é a versão em português da coletânea Textualidades Mediáticas, lançada originalmente em espanhol pela Editora UOC, de Barcelona.