Sinopse
    
      Um jovem olha-se, amedrontado, ao espelho: este é um primeiro   auto-retrato, pintado com mestria, de um grande artista. Partindo do  precioso e ao mesmo tempo supérfluo inventário da sua casa paterna  feudal, ergueu "barricadas" entre si e a sua imagem, e ele próprio   junta-se aquelas como se fosse parte integrante desta natureza-morta. A luz  incide apenas sobre as costas e sobre a nuca, pois o jovem pintor mergulha o rosto na sombra, como se não ousasse expô-lo ao observador  e a si próprio. No entanto, a auto-desconfiança e o cepticismo tornam-se  evidentes: será a pintura a minha profissão? Conseguirei? O que se  passa com o meu corpo? Porque e que sou tão castigado com umas  pernas atrofiadas e um rosto, cada vez mais feio, com uns lábios vermelhos e grossos e cujo queixo recuado começa agora a cobrir-se de uma  barba que desponta ainda muito fina? O homem que confia estas questões confusas a uma pintura encontra-se no inicio de um percurso único  que o conduzirá a um lugar dos mais importantes da História da Arte:  Henri de Toulouse-Lautrec vai trocar a protetora casa dos pais pelo  desenfreado mundo do divertimento que é Paris.