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TREM DA MANTIQUEIRA

Renato Santos Pereira
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Sinopse
Seu romance resgata a nostalgia da era dos trens, criminosamente desativados em nome do ''progresso''. Sua estória é marcada pela cadência das locomotivas, constrói-se na atmosfera misteriosa e solene da Serra da Mantiqueira, criando uma poesia que segue a métrica singela dos dormentes da estrada de ferro. Você reencontra a paisagem que tanto seduziu nossas ''Bandeiras''. Crispim está no cenário, onde enlouqueceu Quincas Borba, mergulhado em seus achados filosóficos. De trem, desce a serra Rubião, herdeiro, em tudo, de Quincas Borba, até da loucura que encontra forma nos belos olhos de Sofia, a passageira que toma o trem em Vassouras e o enfeitiça de vez.Sua criação tem um quê de denúncia dos crimes praticados contra a Serra do Curral, contra o próprio sistema ferroviário e, sobretudo, protesta contra uma ordem social injusta, imposta sem escrúpulos e praticada impunemente. Não está aí a maior usina da loucura? E é por esse viés que entendo o protagonista de seu romance. Crispim é consequência e não causa de alguma. É louco por encomenda. Vem de um meio social e familiar psicotizante e mergulha num processo paranóico, onde, permanentemente, é acossado por fantasmas da infância que ele projeta aqui e ali, quem sabe, para entender o angustiante drama de sua impotência sexual. Mas, a potência que ele perde é para tudo, até para soprar o apito. Torna-se incapaz para tudo. Sente-se, irremediavelmente, castrado. Nem uma poção mágica pode salvá-lo. Sua cabeça rola com o material rolante e seus miolos silvam com os apitos dos trens. Cumpre o destino que lhe está traçado. Enlouquece de vez. Não é senhor de seu desejo. Está só...Não tem nada, nosso caricato herói! É dono, tão somente de sua Diva, que pressente perder a qualquer momento. Quem mais o ameaça? Não é um igual ou subalterno, é, justo, Eulálio, engenheiro realizado, amante da natureza, da literatura e da música, modelo provável de segurança, o que, amargamente, falta a Crispim.O desfecho de sua estória é metáfora perfeita de uma escatologia inexorável para o indivíduo, cuja origem é marcada pelo desamor. e para a sociedade, cujo ''progresso'' se faz ao sabor da ganância e da exploração. A pessoa explode. Os caminhos se perdem. A ponte se parte. E o ''TREM'' vai pro brejo.

Categoria
Editora Rio fundo
ISBN-13 9788585297268
ISBN 8585297263
Edição 1 / 1990
Idioma Português
Páginas 115
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