UM GUIA PARA ORAÇÃO FERVOROSA
A. W. Pink
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Sinopse
A necessidade vital do tema, a beleza e caráter bíblico das exposições, a profundidade das considerações, a variedade dos ensinos práticos, são alguns dos motivos pelos quais muito recomendamos a leitura, em oração, deste preciosíssimo livro que o Senhor agora nos concede compartilhar com muitos irmãos, e com todos aqueles a quem ao nosso Deus aprouver.Precisamos de orações vivas e de vidas de oração. A oração é para alma o que a respiração é para o corpo. Pelos movimentos desta respiração celeste entendemos que há vida, que estamos vivos; ou não. Precisamos de homens dispostos a orar e não a pecar. A oração é uma parte natural da adoração a Deus. Mas, para que possa ser aceita, deve ser feita ao Único Deus Verdadeiro, em nome do Filho, com a ajuda do Espírito, segundo a Sua vontade, com entendimento, reverência, humildade, fervor, fé, amor e perseverança (Jo 14:13-14; Rm 8:26; 1 Jo 5:14). Quão diferente isso é do que comumente se chama orar para a maioria dos chamados evangélicos contemporâneos.Atualmente, em meio à Cristandade, oração fervorosa é muitas vezes, tristemente, confundida com gritarias, falas ininteligíveis, participação em campanhas e correntes, determinação de bênçãos e vitórias, superstições, e arrogantes e ignorantes solicitações de promessas que nunca foram prometidas pelo Senhor na Escritura, e por um conteúdo e intenções humanistas e egocêntricas. Isso tudo é antes uma abominação! Deus livre o Seu povo de tais absurdos! Por que devemos orar? Oramos porque agradou ao Espírito Santo gravar nas Linhas Eternas da Escritura Sagrada, e isso de forma abundante, o comando positivo para que oremos, sem cessar, em todo o tempo, com toda oração e súplica, vigiai, pois, em todo o tempo, orando. Jesus ensinou Seus discípulos a orarem sempre e nunca desfalecer (1 Ts 5:17; Ef 6:18; Lc 21:36; 18:1; Sl 86:3; 2 Tm 1:3; At 6:4). Por que orar se Deus é soberano e decreta o fim desde o princípio, e já decretou de antemão tudo que acontecerá (Is 46:10; Sl 135:6; Sl 115:3; Pv 16:4)? É justamente o fato de Deus ser soberano e de fazer tudo que Lhe apraz, que torna possíveis as nossas orações; se nosso Deus não fosse soberano e nem fizesse tudo segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo (Ef 1:9) de forma que algo ou alguém pudesse frustrá-lO ou impedi-lO (Is 43:13; Jó 11:10; 42:2) ou dizer-lhe: Que fazes? (Dn 4:35), de que adiantaria pedir algo a um deus tal como este que não tem todo o poder para conceder a petição? Ou como eu agradeceria e louvaria a Deus somente por ter feito algo, se eu desconfiasse que Ele não o fez sozinho, ou que Ele é impotente para fazer algo à parte da vontade da criatura ou das circunstâncias? Se Deus é soberano, todo-poderoso, justo, bom e sábio, eu oro, suplico e louvo porque eu sei que se Ele quiser o fará, e que operando Ele ninguém impedirá (Is 43:13)...